Desde a prova de 2016, o Teste de Pré-Seleção (TPS) para o CACD tem se tornado extremamente subjetivo. A diferença com as demais provas dos anos anteriores é clara e essa não é uma opinião apenas minha, mas generalizada. Matérias como Português, Inglês, História Mundial e História do Brasil contêm um número substantivo de questões subjetivas que impedem uma avaliação transparente e coerente do nível do conteúdo do candidato. Várias questões de "interpretação" em PORT e ING podem ter ambos os gabaritos (certo ou errado). Nem sequer os professores de cursinhos preparatórios se atrevem a resolvê-las antes de ser lançado o gabarito preliminar por receio de não se mostrarem aptos a ministrar o conteúdo. Quando o gabarito preliminar é lançado, eles apenas o justificam. No caso das questões de HM e HB, o problema é ainda mais sério, pois a banca tende a fazer afirmações com base em posições historiográficas. Um exemplo é a questão 59.1 do TPS 2017: "As guerras de independência fortaleceram o poder estatal, dificultando a constituição de uma nova ordem social e política baseada no ideário liberal e igualitário." Estamos falando da América Espanhola e não de um país específico. Como ter certeza de que o poder estatal fora fortalecido ou não? Qual a margem de tempo analisada? Foram 15 (QUINZE!) os itens com gabaritos alterados entre o preliminar e o oficial neste ano. Chega-se a questionar a seriedade da banca ao fazer as questões. O maior problema ainda resta: as questões subjetivas de PORT e ING, cujas interpretações são várias e definitivamente possibilitadas pela abrangência do campo semântico das palavras. É gritante a diferença das questões de primeira fase do CACD em relação aos outros concursos. A ideia que se passa é que a banca tenta fazer uma prova difícil e acaba fazendo uma prova sem coerência, que não avalia o conteúdo do candidato e prejudica a meritocracia e a transparência do concurso, uma vez que os candidatos sequer conseguem saber o que esperar.
Prezado cidadão, Em atendimento a sua solicitação, encaminhamos resposta anexa. Atenciosamente, Instituto Rio Branco (IRBr) Secretaria-Geral do Ministério das Relações Exteriores (SG/MRE)